Os trabalhadores em educação do município de Jardim de Piranhas (estado e município) decidiram, na manhã da última sexta-feira (dia 10/03), por unanimidade de votos, aderir à GREVE NACIONAL convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), pelas centrais sindicais e pelo Sindicato dos trabalhadores em Educação do RN (SINTE/RN).
Assembleia geral, realizada na manhã da última sexta-feira (dia 10 de março), no auditório da Câmara Municipal, foi convocada pela Regional de Caicó do SINTE/RN, através do Núcleo Municipal de Jardim de Piranhas, contando com a presença do professor Roberto Sérgio, do professor Hugo Martins, ambos dirigentes da Regional de Caicó do SINTE, da professora Nitalma Queiroz de Souza, coordenadora do Núcleo Municipal, e demais professores/as das redes estadual e municipal de Jardim de Piranhas.
A assembleia deliberou sobre os seguintes assuntos, em pauta:
I – Informe das mobilizações nacionais e estadual contra a reforma na previdência e contra os ataques do governo Temer aos direitos trabalhistas;
II – Reajuste do piso salarial;
III – Reformulação do PCCR;
IV – Gestão Democrática nas escolas do município;
V – Implementação do 1/3 de hora atividade; e
VI – GREVE GERAL do dia 15 de março.
A abertura dos trabalhos se deu com o pronunciamento da professora Nitalma Queiroz, coordenadora do Núcleo Municipal do SINTE/RN, seguido das palavras do professor Roberto Sérgio, Coordenador Geral da Regional de Caicó do SINTE/RN, que apresentou informes acerca das consequências nefastas da política neoliberal do governo Temer contra os direitos trabalhistas, especificamente os retrocessos da reforma da previdência social apresentado pelo governo um governo ilegítimo que afetam os trabalhadores brasileiros e, sobretudo, os/as professores/as.
Em seguida, a coordenadora do núcleo municipal do SINTE, professora Nitalma Queiroz, denunciou a falta de respeito por parte da Secretaria Municipal de Educação aos professores do município, ao não responder aos ofícios emitidos, desde o início do mês de novembro do ano passado (2016), pelo sindicato da categoria, sem que tenha havido qualquer resposta oficial ou manifestação pública por parte da administração municipal no sentido de solucionar o problema.
Os ofícios enviados pelo sindicato à SEMEC requeriam: o envio à Câmara Municipal da proposta/ consenso da minuta do Plano de Cargo Carreira e Salários (PCCR), que se encontra atualmente “engavetada”, causando assim enormes prejuízos aos/às professores/as; requerendo ainda que seja estabelecido um cronograma de eleições nas escolas do município com vista a implementação da Gestão Democrática, em conformidade com a lei, por não haver qualquer iniciativa ou compromisso, por parte do executivo, neste sentido.
Ao final o professor Hugo Martins, conduziu o processo de votação (por aclamação) da proposta da CNTE de adesão à GREVE GERAL, por tempo indeterminado, a partir do dia 15 de março de 2017, contra a reforma da previdência, em defesa do piso salarial, pela reformulação do PCCR no estado e no município, em defesa do 1/3 de hora-atividade, pelo pagamento em dia dos aposentados, contra a lei da mordaça, contra os cortes e investimentos em setores sociais, e, em defesa da gestão democrática nas escolas do município, sendo a mesma aprovada por unanimidade de votos.
Ao final, a assembleia deliberou pela criação do comitê de greve constituído pelos/as seguintes professores/as: Nitalma Queiroz de Souza, Hugo Martins de Souza, Lidiane Cristina Santos, Fernando de Azevedo Guedes, Maria das Graças da Silva e Fátima Glaucia Santos, comissão encarregada de conduzir os trabalhos de organização das mobilizações e manifestações do movimento grevista no município.
A decisão dos trabalhadores (professores e funcionários) da educação pública do município de Jardim de |Piranhas/RN, de aderir à GREVE GERAL, só fortalece e ratifica a decisão da categoria, em âmbito estadual, aprovada em assembleia geral, convocada pelo SINTE/RN, realizada no dia 08 de março, último, em Natal, que aprovou a adesão dos/as trabalhadores/as em educação ao movimento grevista.
